O desenvolvimento de ferramentas externas e a demanda de projetos de modelagem da informação tem incentivado inovações na plataforma BIM. Possibilitando uma maior compatibilidade no projeto final, e realizar análises de viabilidade e impacto da aplicação dessas ferramentas. Entretanto ainda há muitos receios da implantação desse processo em uma empresa, no mercado de trabalho.
Por conta disso, trouxemos os resultados de pesquisas atuais da UFSCar, orientadas pela professora Cristiane Bueno. As quais, avaliam os benefícios em optar por esse investimento.
Potencial do investimento em BIM
Em muitos casos a implementação da modelagem BIM é considerada inviável pelo aproveitamento incompleto do potencial da plataforma. Entre esses recursos estão as simulações, orçamentações, acompanhamento temporal, e planejamento do canteiro de obras. E os principais fatores pelo mau uso dos softwares são a necessidade de treinamento dos projetistas, e as alterações no banco de dados e organização das empresas.
Projetar em BIM é mais abrangente do que somente a criação e concepção de modelos 3D. Ao longo das fases do projeto é possível aplicá-lo com várias finalidades, como: analisar a integração de todos os sistemas do edifício; realizar simulações e estimar custos de cenários diversos; realizar o gerenciamento das etapas de construção; e validar códigos e normas.
Sendo, portanto, uma área promissora para pesquisas científicas, e validações do uso da ferramenta em projetos de construtoras e escritórios de engenharia civil.
Desafios à estruturação do BIM
Apesar da escolha da plataforma BIM trazer benefícios em relação à integração dos dados de uma modelagem, minimizando erros e facilitando possíveis alterações no projeto, ainda há dificuldades comuns que impedem a ampla utilização desses programas.
Assim, foi elaborado um artigo que identifica esses desafios por meio de um questionário. Somente 38% das empresas contatadas utilizam o recurso BIM, as quais trabalham com edificações residenciais em 28,6% dos casos. Um ponto levantado é que 57% dessas empresas utilizam a ferramenta em todos os seus projetos, e dão preferência a projetos complementares também em BIM. Ou seja, investir nessa modelagem agrega valor às empresas e ainda incentiva o uso por outros escritórios para se manterem fortes no mercado.
Porém, muitas ainda fazem uso de CAD, principalmente em projetos estruturais, ou de instalações elétricas e hidráulicas. Isso pois esses projetos seguem as normas brasileiras, enquanto as ferramentas BIM se baseiam em normas estrangeiras.
Outro importante fator que dificulta a adesão dessa modelagem são os custos envolvidos para capacitação e implementação. Mas as empresas afirmaram que o custo foi retornado em um período de 2 anos. Indicando a necessidade de um planejamento e investimento empreendedor para que a aplicação do BIM seja efetiva. E também houve uma perda da produtividade durante esse desenvolvimento, que foi retomada ao finalizar o processo. Sendo que as empresas confirmaram a redução do tempo médio de execução em relação aos projetos em CAD.
E mesmo com esses obstáculos para estruturar o BIM em uma empresa foram comprovadas, pelo questionário, melhorias na qualidade dos projetos. Também foi confirmado que a apresentação tridimensional facilitou a decisão de compra do cliente, e melhorou a visualização do produto.
Ferramentas integradas à plataforma BIM
O bom uso de ferramentas externas aos softwares de modelagem têm sido diferencial para obter mais resultados no processo BIM. Porém, em diversos casos, essas ferramentas de análise têm apresentado problemas de perdas de dados na importação da modelagem. Para entender melhor essa questão, foi-se estudada a aplicação de ferramentas para avaliação do conforto térmico e da eficiência energética.
A análise da eficiência energética possui extrema importância para a indústria de construção civil, sendo capaz economizar recursos energéticos e desenvolver edifícios mais eficientes e sustentáveis. Então optou-se pelas simulações dos programas Green Building Studio, EcoDesigner Star, Insight 360 e Energy Plus, aplicados na modelagem do Revit. Feita a avaliação, concluiu-se que realmente há limitações na suas operações, devido a divergências apresentadas entre as ferramentas. Exigindo investimentos dos projetistas para obter simulações mais consistentes e programas mais acessíveis, apesar da grande diversidade de simuladores.
E ainda avaliando os impactos na eficiência energética, o uso dessas ferramentas para o conforto térmico apresentaram resultados semelhantes. Ou seja, não foi possível concluir consistência ao comparar as análises de cada programa, e valores discrepantes de consumo energético. Porém, apesar das dificuldades apresentadas, ainda há muitas oportunidades para que o potencial dessas ferramentas seja explorado. Podendo gerar soluções de grande impacto, caso seja aproveitado os diferenciais de cada programa, de modo que possam se complementar.
A modelagem BIM tem muito potencial, não é mesmo? Acesse os manuais da ASBEA para entender melhor do uso da plataforma BIM.
E não deixe de conferir as outras publicações do nosso blog, para conhecer mais de cada projeto que realizamos. Assim, será possível entender o real valor que a integração do sistema BIM pode trazer à sua empresa.
Olá eds.miveforce, obrigado por acompanhar. Fique atento a outras novidades.
Ola Fábio estou gostando desse seu sistema espero te ajudar de alguma forma